O papel do poeta na construção do mundo.

Segue-se que a vida é essa: una e múltipla. É a convergência de todo o caos num ponto aparente de mundus (ordem). O poeta é aquele que se desloca deste ponto de ordenação, e no real – res – bebe da fonte. O poeta é aquele que, acima de tudo, tem um relacionamento com a coisa. Poesia, em seu sentido essencial de criação, é, senão, a desordem posta na ordem. É a criação pactuada pelo caos.

Ora, quem ousa afirmar ordem na obra de Fernando Pessoa? Quem ousa afirmar que ali é mundo? Clica aqui e veja o desenrolar no poeta Pessoa

Pensamentos aleatórios #31

Sei que deveria continuar meus discursos, mas hoje quero aproveitar meu auto exílio para falar sobre coisas supérfluas.

‘Poor little thin man still swinging his axe,
Even though his joints are clogged with rust

My youth is slipping, my youth is slipping away
Safe in monotony, (so safe), day after day’

– Alexisonfire

E o ‘incrível’ tema de hoje é:

Por que odeio a ‘cena’ alternativa/indie Brasileira

Para mim Moda e Estilo sempre foram temas desinteressantes, um dia conheci uma garota que estudou com meu irmão que fazia moda na USP (a garota fazia moda na USP) que tirou várias duvidas minhas sobre aqueles estranhos vestidos; dizia que serviam para exibir determinada tendência; o que ditaria as novas ‘regras do jogo’ até o próximo desfile. Nunca mais falei com essa menina.

Cresci no meio do BOOM emo, mas naquele tempo não tinha interesse em nada disso, queria mesmo é ouvir metal e hard rock até cansar; meu vestuário consistia em uma camiseta do massacration (que acabou virando pano de chão) [Se massacration é metal ou não isso não vem ao caso – é questionável até a posição de ‘banda de trash metal’] e uma outra camiseta do guns n’ roses – meu corte de cabelo hype era um cogumelo e meu único tênis era um allstar encardido (hábito que ainda cultivo, depois de 4 anos).

Mesmo no meio desse boom, eu não me divertia com as músicas da moda, não buscava naquele tempo músicas com o mínimo de conteúdo ou beleza mas ainda sim, por divergências sobre o que é ‘bom de ouvir e de me vestir’  e o meu (graças a Deus já banido) comportamento homofóbico me manteve blindado ao avanço do xadrez, dos apelidos ridículos e da chapinha.
LER LER LER LER!

Pensamentos aleatórios #29

[Welcome to the intermission]

A Concorrência

Estava um dia no msn quando a namorada do meu irmão (que também quer fazer medicina) manda uma mensagem:

“Olá concorrente, tudo bom?”

Então, hoje, vou falar de algo que muito me desagrada no país tupiniquim em que nasci: Ensino.

“Não, mas temos a USP, que é a melhor melhor faculdade da américa latina (estatísticas de 2010) e a 232ª melhor do mundo!11!1”

E dai? Temos um dos piores ensinos fundamentais (e pagamos dobrado por ensino – pagar escola particular não me isenta de pagar impostos que vão para as escolas públicas), com as piores notas em provas de matemática e português básicos também.

E São Paulo tem o pior ensino público do país, diga-se de passagem – mas calma, o povão que votou no palhaço está fazendo USP — não, espere ai, só entra em Medicina, Direito e Engenharia quem tem dinheiro para pagar um cursinho ou fazer uma escola de Elite como o colégio Bandeirantes ou outros com sistema Poliedro, mas temos a USP não é, meu estúpido amigo?

Falando um pouco do Bandeirantes: Existe uma concorrência extrema entre os alunos desde cedo, separando as respectivas salas destes pelas notas; é uma instituição de Elite (Ignoraremos a pressão constante, o desespero dos alunos pra passar em carreiras concorridas – pelomenos os alunos não se matam quando vão mal na prova como no japão – pelomenos não até agora).

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Pensamentos aleatórios #27

[O problema de gostar de ler na internet é justamente não conseguir parar de ler]

 

Racionalidade e Sabotagem: Uma visão sobre a ‘filosofia(?)’ de Alberto Caeiro.

 

Tudo começa quando postei aqui um artigo fracionado, prossigo agora falando de Alberto Caeiro(A.C.), Heterônimo de Fernando Pessoa – ‘homem’ simples, não alfabetizado, que dizia que não se deveria procurar sentido nas cosias que o rodeiam, que deveríamos sentir sem pensar – sem questionar.

 

“O que penso eu do mundo?

Sei lá o que eu penso do mundo!

Se eu adoecesse pensaria nisso.”

(em: Poemas de Alberto Caeiro)

Prometo ler até o final

Dos valores do Ocidente e do Oriente

Olá caros leitores, chamo-me Raony F. Moraes (vulgo Rico).  Me dispus a participar deste Blog em parceria com outros colegas pensadores. Abordarei diversas temáticas, tendo como estrutura textual a linguagem filosófica. Para quem não sabe, sou um futuro estudante de Filosofia (fascinado por Nietzsche e pela filosofia contemporânea francesa – que tem suas raízes em Nietzsche). Aprecio por demais a boa leitura e a boa escrita.

Em se tratando de leituras filosóficas, nutro enorme admiração não só por Nietzsche, mas também por Rousseau – um dos pensadores que fomentaram os ideais Iluministas e por conseguinte, a Revolução Francesa de 1789 -;  Sartre – o “pai” do existencialismo e um dos mais polêmicos pensadores do século XX -; Foucault, conhecido principalmente pela originalidade de sua analítica do poder; Deleuze, o filósofo da diferença e do acontecimento; Maquiavel, autor de um dos mais célebres manuais de política; Spinoza, criador da teoria dos afetos; faço também várias outras leituras “menores”, como Platão, Descartes, Kant, os pré-socráticos, escolástica etc.

No âmbito da literatura – tanto estrangeira quanto brasileira – gosto de Kafka, Charles Bukowski, Milan Kundera, Fernando Pessoa, Marquês de Sade,  Sir Arthur Conan Doyle, João Antônio, Machado de Assis, Ferreira Gullar, Gracilliano Ramos, Clarice Lispector, entre tantos outros que no momento, fogem-me da mente – minha memória, às vezes, prega-me peças por demais maldosas. Abomino o regime dos best-sellers, a literatura medíocre, a literatura de vitrine alavancada pelo fio da vaidade, pelo exibicionismo, que quer tão somente vender, vender e vender, e que nunca diz nada de fato (eu, particularmente, não hesitaria em queimar ou rasgar um livro da saga Crepúsculo). Minha literatura não é a literatura da academia, a literatura castrada, separada de sua potência revolucionária e criadora. Para mim, só há literatura voltada para a vida, que suscita novas formas de ser e de sentir, de interpretar o mundo, as pessoas etc. É isso.

Após essa breve apresentação – afinal, esta será a minha primeira postagem neste Blog -, penso que já podemos ir “direto ao ponto”. Mas sobre o que, mais precisamente, eu pretendo falar? O título deste post dá uma breve idéia do que se trata, mas, não é o suficiente, sendo de muito bom grado uma explicação preliminar. Não pretendo falar sobre as diferenças entre os valores ocidentais e orientais, também não pretendo estabelecer critérios de superioridade – como se costuma geralmente fazer -, nem mesmo quero realizar um exame genealógico em paralelo com cada um. O que almejo é, mais precisamente, discorrer acerca da visão moral que o ocidente tem do oriente, e em como essa visão moral é hipócrita, autoritária, esdrúxula e tão somente demonstra a prepotência ocidental em relação às suas verdades.

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Pensamentos aleatórios #15

Comemore comigo, leitor(a); tirei ‘B’ em um simulado de redação com o tema ‘ser e ter’; futuramente eu posso escrever sobre isso…

Aliás, traga para a nossa comemoração doces , refrigerante sprite gelada e  belas mulheres – que não riam como bruxas, se não for pedir de mais :/

Ensino, filosofia, gostar de ler e namoro.
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