O caminho

Pensar os caminhos, eis algo que, talvez, a psicanálise não tenha feito, salvo algumas exceções, mas que se mantiveram num nível de análise superficial demais. Podemos perceber isso no exemplo de Hans: Freud se esforça em mostrar (de maneira risível, como na maioria das vezes) os encadeamentos do inconsciente; Hans sai de casa, Hans vê um cavalo apanhando, como Hans reage a estas coisas. No entanto, Freud não se aprofunda o suficiente para saber como o próprio caminho, e não apenas elementos isolados desse caminho, se relaciona com Hans. Árpad, o “menino-galo”, é exatamente a mesma coisa; Ferenczi se mantém em um nível que não é o suficiente. É dificílimo achar qualquer preocupação com o meio, e é por isso que o empreendimento de Deleuze e Guattari é tão importante e necessário, pois entender os meios permite entender o todo, quem sabe. Clique aqui e continue a ler

Magma Series: IV (pt. II)

Fontes do Inconsciente, pt II

Abordarei com peso na parte dois do meu ensaio acerca da inveja, ciúme e voracidade o processo de cisão.

Experiências desagradáveis e emoções associadas a objetos externos e introjetados são dissociadas de experiências e emoções agradáveis através de um processo de cisão.

Considero o processo de cisão uma pré-condição para a estabilidade da criança: durante os primeiros meses, ele predominantemente separa o objeto bom do mau, e assim, de uma maneira fundamental conserva-o  – a segurança do ego. Ao mesmo tempo, essa divisão primitiva só tem êxito se existe uma capacidade adequada de amor e um ego relativamente forte. A predominância do “bom” e “mau” pode, ao mesmo tempo ser tão ruim, quanto boa. O motivo que me faz crer em tal hipótese é que, a predominância paradigmática do “bom” e do “ruim”, ausentando-se de um objeto idealizado (ou desejável), me remete novamente à inveja e voracidade, logo, tornam-se portas abertas para tais sentimentos. A inveja excessiva, manifestação de impulsos destrutivos, interfere na cisão primária entre o seio bom e o mau e não pode ser conseguida a formação de um objeto bom. Entramos em uma nova fase do processo de cisão.

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Pensamentos aleatórios #35

Ia escrever sobre política, mas quero escrever sobre qualquer outra coisa – cansei de politicagem.

[Ah: Não gostei do teor dos meus textos antigos, acho que eles estavam ficando muito formais, então vou tentar me soltar – o que significa que os meus pseudo comentários dos leitores voltarão com força total, conforme meus críticos aguentam ‘gostam’ de ler – estou tentando agradar vocês, me amem!]

“Vês, lá longe, o campo de trigo?”


Bem, hoje falarei primeiramente sobre relações sociais e massificações – pretendo acabar falando sobre dificuldades na relação intrapessoal e da banalização dos sentimentos.

“E como Tu pretende juntar tudo isso?”

Mágica, Filhote 😀

Ler, Ler, Ler mais até a total exaustão!

Pensamentos aleatórios #26

Já não era sem tempo.

Do relacionamento e disputa entre personalidades fortes

Tudo começa no ano da era comum de número 2010 – 4 horas antes do amanhecer, estou sentado na frente da máquina maligna observando as lâmpadas que ascendem e apagam, formando caracteres de uma estranha língua tupiniquim.

A  máquina maligna entoa um cântico tribal com trombones, pianos e um negro de notoriedade mundial, cujas faixas musicais já receberam uma versão de uma desconhecida banda do novo mundo chamada ‘ramones’ e cujo nome da canção em si eu já não me lembro, preciso das minhas vitaminas para reavivar meu velho espírito e minha memória.

Confesso que não estou entediado ao ler seu texto, Cure