Um conto de Tchékhov

A Palerma:

        Dias atrás mandei chamar a governanta dos meus filhos, Iúlia Vassílievna, ao meu gabinete. Precisávamos acertar contas.

― Sente-se, Iúlia Vassílievna! ― eu disse. ― Vamos acertar nossas contas. A senhora provavelmente necessita de dinheiro, mas tem cerimônia demais para pedir… Vamos lá… Nós combinamos trinta rublos por mês…
― Quarenta…
― Não, trinta… Eu tenho aqui escrito… Eu sempre paguei trinta para as governantas… Então, a senhora ficou aqui dois meses… Continue a ler o conto

Pensamentos aleatórios #29

[Welcome to the intermission]

A Concorrência

Estava um dia no msn quando a namorada do meu irmão (que também quer fazer medicina) manda uma mensagem:

“Olá concorrente, tudo bom?”

Então, hoje, vou falar de algo que muito me desagrada no país tupiniquim em que nasci: Ensino.

“Não, mas temos a USP, que é a melhor melhor faculdade da américa latina (estatísticas de 2010) e a 232ª melhor do mundo!11!1”

E dai? Temos um dos piores ensinos fundamentais (e pagamos dobrado por ensino – pagar escola particular não me isenta de pagar impostos que vão para as escolas públicas), com as piores notas em provas de matemática e português básicos também.

E São Paulo tem o pior ensino público do país, diga-se de passagem – mas calma, o povão que votou no palhaço está fazendo USP — não, espere ai, só entra em Medicina, Direito e Engenharia quem tem dinheiro para pagar um cursinho ou fazer uma escola de Elite como o colégio Bandeirantes ou outros com sistema Poliedro, mas temos a USP não é, meu estúpido amigo?

Falando um pouco do Bandeirantes: Existe uma concorrência extrema entre os alunos desde cedo, separando as respectivas salas destes pelas notas; é uma instituição de Elite (Ignoraremos a pressão constante, o desespero dos alunos pra passar em carreiras concorridas – pelomenos os alunos não se matam quando vão mal na prova como no japão – pelomenos não até agora).

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