Escritos Aforismáticos

Vida e Conhecimento

 

I

 

A vida como meio de conhecimento. Nietzsche acreditava que vida e conhecimento não constituíam pares opostos, mas uma unidade fundamental que caberia ao filósofo do futuro restituir, uma vez que a oposição – mais aceita, afirmada, com credulidade e orgulho, do que provada, diga-se de passagem -, havia sido imposta à vida, como instrumento para sua total negação. A história da filosofia é a história de terríveis golpes deferidos contra a vida, a história de incomensuráveis erros acerca do valor da vida; erros dos quais ainda não nos libertamos; para constarmos isto que vos digo basta observar como a canalha vê o pensador ou o estudante de filosofia: como um lunático, um fora de órbita, preso ao “mundo das ideias” (ideia capenga advinda de uma imagem distorcida do platonismo, que de modo algum se define pela distinção entre dois mundos, o aparente e o inteligível). A “vida contemplativa” – a do filósofo ou do cientista – seria como um adeus pomposo à vida – o filósofo como aquele que se recusa a viver para – para quê? – pensar. Pensar tornou-se um meio de negar a vida! O golpe de gênio dos filósofos foi terem descoberto como fazer do pensamento uma prática niilista par excellence.

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Pensamentos aleatórios #61

Bem, depois mais de 90 luas volto a esta cabana, vindo diretamente do interior de uma baleia, um incidente que custou minha perna direita e me rendeu um novo apelido: Corsário Barbossa, a serviço da Vossa Majestade, o rei e da Coroa Britânica. Não, espere, não estamos no set de Piratas do Caribe 4 e não era uma baleia.

O homem ‘quebrou’ a perna apenas (a preça azul parece uma bota ortopédica), o CG vai tratar de amputar e troca-la por uma perna de pau.

Bem, nada mais importa, hoje venho falar não de mulheres tatuadas, de filosofia, de religião ou política, venho falar de ensino e aprendizado.

Aliás, vou falar de religião, política e filosofia, quem sabe surjam mulheres tatuadas, nunca se sabe… Hoje conversava com um amigo no cursinho que pediu para irmos comprar folhas de fichário, eu disse que deveríamos correr à papelaria muito rápido pois iria ensinar uma garota que senta do meu lado a marcar forças na matéria de física. Você, criatura que está no cursinho, sabe que marcar forças é  primordial e que é matéria das primeiras apostilas. Aliás, sabe também que marcar forças é a base de inúmeros exercícios de dinâmica.

E então o amigo vira e fala: “Nossa, essa menina vai prestar medicina? Não né?!”

Digo que não, pergunto o por quê e ouço que a menina deveria ser muito burra e o por que é que ela não sabia algo trivial como marcar forças.

Quando fui falar com ele que as pessoas tinham dificuldades, ele diz que a menina teve dois meses para aprender aquilo e não aprendeu, que não valeria nada explicar isso às vésperas da revisão.

Santo Deus.

Começamos a discutir, mas o garoto simplesmente ignorava que as pessoas tem dificuldade com as matérias e tem um ‘bloqueio’ para exatas (normalmente) justamente porque essa matéria é absurdamente abstrata. Considerava-me uma falha em exatas até que nos exames do terceiro ano tirei 10 em matemática e 9,5 em física. De lá até hoje vi que a matemática é útil e inventei métodos para driblar essa aparente ilogicidade da matemática e da física. E enquanto falava isso o garoto me olhava e no final dispara: “Não, por que pra mim isso é um dogma”

Momentos de dor.

Dogma?

DOGMA?

-DOGMA?!?!-

“ARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR! Seu cão selvagem sarnento!”

Continue, meu caro, continue!

Pensamentos aleatórios #27

[O problema de gostar de ler na internet é justamente não conseguir parar de ler]

 

Racionalidade e Sabotagem: Uma visão sobre a ‘filosofia(?)’ de Alberto Caeiro.

 

Tudo começa quando postei aqui um artigo fracionado, prossigo agora falando de Alberto Caeiro(A.C.), Heterônimo de Fernando Pessoa – ‘homem’ simples, não alfabetizado, que dizia que não se deveria procurar sentido nas cosias que o rodeiam, que deveríamos sentir sem pensar – sem questionar.

 

“O que penso eu do mundo?

Sei lá o que eu penso do mundo!

Se eu adoecesse pensaria nisso.”

(em: Poemas de Alberto Caeiro)

Prometo ler até o final

Pensamentos aleatórios #6

Do aprendizado.

Estou ficando velho, chegando aos 18 anos de idade, estudando em cursinho pra entrar na faculdade e virar um respeitável (?) explorado profissional da saúde.

Hoje foi um dia engraçado: acordei com uma vontade doida de ter aula, tivemos duas aulas de matemática e Eu adorei a matéria, química,  duas aulas de geografia (essa ai e uma sobre clima e vegetação da Europa) e por fim tivemos uma aula de citologia (<3) – depois tive um simulado de matar;  ainda sim estou feliz pelo meu dia.
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