Pensamentos aleatórios #15

Comemore comigo, leitor(a); tirei ‘B’ em um simulado de redação com o tema ‘ser e ter’; futuramente eu posso escrever sobre isso…

Aliás, traga para a nossa comemoração doces , refrigerante sprite gelada e  belas mulheres – que não riam como bruxas, se não for pedir de mais :/

Ensino, filosofia, gostar de ler e namoro.

(Vou juntar tudo isso em um post, observe e aprenda, gafanhoto…)

Era uma vez um pobre diabo, este pobre diabo foi escolhido pela sociedade decadente para ser professor; mas não falamos dos professores Alemães, dos professores Italianos ou de qualquer pais de ‘verdade’, falamos dos ‘Jezuses’ do século XXI: Os professores Brasileiros.

Homens que recebem 5 reais por hora (são os chineses semi escravos do beabá) e sofrem humilhações superiores, quem sabe, as dos nossos amigos Argentinos, Homossexuais, Loiras e eventuais minorias – homens injustiçados que carregam ‘A Cruz‘.

A Cruz é um seleto time de Alunos que não querem saber de nada com nada e que passam a manhã toda planejando a tarde e os rolês da tarde e da noite; além de falar do Curintia e da seleção : D

“Mas manolo Cure, existem professores que ganham bem!”

Pois é, caro filhote, mas estes professores não dão aula em escolas com Cruzes que vão passar de ano a menos que consigam faltar 150 dias dos 200 do ano letivo.

“Mas manolo Cure, e se o Jesus professor expulsar os alunos?”

Eles voltam! Cruzes são como os fantasminhas do Pacman, vão voltar para o quadradinho e correr mais rápido atrás de você.

Enfim, mal sabem as Cruzes da necessidade de filosofar: Embora a Medicina seja a mais bela entre as artes humanas Eu sou realista o bastante para compreender que a mãe de todas as ciências e todas as artes é a filosofia – embora já tivemos alguns filhotes como o Determinismo que dão certa vergonha na mãe filosofia.

Mas Cure; por que você não está puxando Sardinha pro teu lado? Afinal, a arte da cura é a mais bela entre as artes humanas, é o que o seu cérebro semi desenvolvido diz.

Oras, por que eu sei que com a Arte da cura no nível perfeito só seria obtida com uma química avançadíssima aliada a uma física avançadíssima (quem sabe só com ambas perfeitas) e outras ciências no mesmo nível; e enquanto conhecedor da Filosofia eu entendo que preciso de equilíbrio entre todas ao invés de perfeição em um aspecto e nota zero em todos os outros.

Uma analogia:

Imagine um time  – é mais vantajoso em qualquer situação ter um grupo unido e com habilidades elevadas o bastante para cada um cobrir a deficiência do outro.

Mas, e se estivéssemos sozinhos, qual a melhor opção?

O equilíbrio, é claro! Eu acabaria me virando sem um químico ou físico para pesquisar para mim, não seria um ‘dream team’, mas ainda sim eu teria resultados satisfatórios.

Enfim, A Cruz não entendeu que nunca poderá pensar no que a cerca e que nunca sairá do seu buraco sem luz no fundo das fossas marianas (ou da sua montanha vulcânica; Cruzes ‘vivem’ nos mais estranhos habitats, estranhas criaturas extremófilas!) – Nunca apreciará o Jazz ou o Blues. Ou o Bach e o Mozart <3. Ou como as Ondas interferem positiva e negativamente e descobrir por que o teu hiper som fodástico não tem o som tão bom quanto o cristalino som do radinho de pilha do vizinho ._.’

Chega o filósofo cheio de si, se acha a nata da sociedade, acredita do fundo do coração que é um Aristocrata; ele é melhor que as Cruzes, por que é mais inteligente! Por que se pergunta da razão das coisas!

Mal sabe o maldito filósofo que é um homem que vive só e se alegra somente por saber, mas do que vale o saber se não se divide o que se tem?

“Do que vale os meus pensamentos iluminados se estou rodeado de cruzes? Estou triste por que todo o dia é duro e vazio!”

Vou supor algo: E se vivessemos em um mundo sem cruzes extremófilas, com filósofos em baixo de cada teto, em cada esquina?

E se o conhecimento fosse de todos? O quanto não produziríamos, quanto bem não faríamos a sociedade?!

Os Jezuses que carregam as Cruzes e andam pelas trincheiras fazem um trabalho cansativo que em raros momentos libertariam uma Cruz e criariam um filósofo de quebra, estando assim mais próximos da tão sonhada ‘utopia’.

Assim até este ‘Aristocrata’ não ficaria sozinho! Este mesmo Aristocrata teria prazer de desafiar os trausentes com suas teorias malucas sem ser considerado um insano e a vida seria algo bom de ser vivido!

Seríamos, cada um, Aristocratas do Saber, afinal.

Aliás, falando em insanidade falo hoje também de uma amiga minha e de uma amiga desta, chamaremos elas de B e D.

Um dia conheci D e desfiei minha filosofia toda, falei do por que não somos loucos, só injustiçados pelas Cruzes.

Enfim, tive de ouvir depois de B que não falasse com D sobre filosofia, por que ela me achou um “estranho legal” mas não gostou da conversa maluca.

Juro que raramente fico ofendido com as pessoas, mas esta está no segundo lugar no nível de ‘capacidade-de-se-comportar-como-uma-marmota’; como se fosse agradável para mim cortar 98% do que eu sei pra não ser taxado de esquisito, ser supérfluo ao extremo com as pessoas e evitar entrar em teorias e filosofia, por que as cruzes tem medo de pensar e serem também, esquisitas como eu.

Me doi ter umas 5 com quem conversar realmente por uma tarde toda sem acabar o assunto, sem cansar e sem ser ofendido e chamado de esquisito; não sou um Aristocrata do saber, não quero me isolar ainda mais do mundo e  viver com ainda mais dores que eu já sinto.

Agora, partiremos para um último raciocínio que irá fechar o que propus logo no início do texto:

O que une duas pessoas ‘permanentemente’?

Foi provado (Li isso de uma amiga) que existem dois tipos de atração: ‘Ferormônica e Lógica’ – a diferença entre as duas é justamente  a duração, Ferormônicas duram em média 7 meses, lógicas duram até vocês se cansarem.

“POR BAST, CURE! AGORA SEI POR QUE O MEU NAMORO DE 6 DIAS DEU N’ÁGUA!”

Ah, como sempre, Cure também é cultura, caro filhote (h)

O problema é que até você estabelecer vínculos com a pessoa você tem que conhece-la bem. E infelizmente as relações de hoje são muito supérfluas e efêmeras, quem sabe por isso você tem um namorado(a) a cada mês, meu caro filhote – o namoro lógico precisa de discussão todo o dia, precisa de atualizações, precisa de companheirismo.

Retorno agora ao antigo pensamento: Quero um amor duradouro; para ter um amor duradouro (e,portanto, lógico) eu quero que a pessoa me conheça; mas se sou um Filósofo, um homem com uma patologia grave e se a pessoa detesta ler e me força a ser raso com ela como eu posso estabelecer vínculos, como posso mostrar quem eu sou realmente?

Como posso discutir e atualizar com alguém que tem medo de discutir e de conversar sobre o que ela sente – alguém que quer que eu pague o rolê, as botas, o vestido e ainda por cima regateia sexo por favores, como se fosse moeda de troca! – e ainda exige que tenhamos direitos iguais. Sexo infelizmente não vale a enxeção de saco que eu passo, pra ter algo feito de mal gosto ainda prefiro ficar sem – mesmo.

Logo, minha ultima escapatória é uma outra mulher ‘complexada e louca’ assim como Eu; podemos tentar ser felizes falando das telas Touch capacitivas ou resistivas, do Pequeno Príncipe, tomar Café Juntos, Revolução Russa; Ou  poderemos falar de Literatura Modernista, Pizza, do Corpo Humano, Tatuagens, de Cães, da Igreja, do Estado; Ou poderemos falar de Câncer em Metástase, Jazz, Carros, Casas e cabanas isoladas do mundo, Garagens com portas de contrapeso, Guitarras, Discos, Moda, Flores, Unhas Vermelhas, Cinema, Ou poderemos falar de…

2 thoughts on “Pensamentos aleatórios #15

  1. Oh, e como eu queria não te entender… Assim, quem sabe, seríamos Cruzes, que apesar de Cruzes, indolentes, teríamos um pensamento ausente, e por sê-lo, tão mais fácil de lidar… Mas nem de brincadeira admitimos o falso desejo de sermos Cruzes, porque… Né?

  2. Jess:
    Ser uma cruz criaria uma ilusão – ai devemos escolher se queremos conforto + ilusão ou se queremos buscar a verdade e sacrificar alguns ‘prazeres’ no processo;
    Há 4 anos quando comecei a minha ‘cruzada’ eu não era muito menos esperto do que sou agora mas, mesmo sacrificando algo nesse meio termo, eu estou muito mais satisfeito (e não feliz) do que antes.

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